quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

O 2º

Estive pensando esses últimos dias, e cheguei a conclusão que faço da minha infância um passado distante e absolutamente diferente da minha vida atual, quando na verdade as coisas não funcionam bem assim. Pequenos detalhes permanecem com tamanha intensidade que de tão óbvios, passam despercebidos.
Odiava ter sete anos, hoje odeio ter dezessete, e é quase matemáticamente provável que aos sessenta e sete odiarei minha idade. As férias continuam não sendo suficiêntes, as broncas eternamente presentes, e os sonhos sempre tão distantes...
Talvez eu seja insatisfeita, talvez parte de uma geração que conseguiu tudo muito fácil e pouco correu atrás dos sonhos, talvez parte da geração que ainda não cresceu completamente. “Isso é imaturidade” diria a minha mãe. Eu prefiro não rotular meus pés na infância, para que no futuro, quem sabe ao sessenta e sete, eu possa olhar pra trás com olhos experientes, e dizer ao certo que pés são esses.

4 comentários:

Luiz Eduardo disse...

Lindo, meu amor!
Talvez eu também seja parte dessa geração "imatura", mas, posso dizer sem hesitar que pés são esses: Os meus favoritos.

(:

Anônimo disse...

Meio gay ese texto neh... XD, kaioakioaioaioakioaioaiokaioakioakoikaa, liga naum garotona se soh acha isso pq as 17 vc tem kra de 67... kaioakioakioakioaioaioaioaiokioakio, sacaagem... bonito texto garotona quase chorei... ta num foi pra tanto... + muito legal msm... :D!!!

José Gustavo R. Cal disse...

Realista.
Assim que a literatura deve ser, de vez em quando.
E você acertou nesse "em quando".
Adorei.

Fernando Ramos disse...

Muito bom, Amélia! (Este é teu nome mesmo?)

O mais legal é você assumir a parte da geração que conseguiu tudo muito fácil e pouco correu atrás dos sonhos. Tenho vinte e oito e também faço parte dessa geração. E por isso também digo que, às vezes, não precisará nem chegar aos sessenta e sete pra ficar triste. Pode ser aos vinte e sete mesmo.

Vou te lincar aqui. Posso?